Rodeada de serra por todo lado, a terra do Lobisomem, onde nasce o rio Piracicaba. preserva bastante mata nativa, é no farejo do perfume de mato orvalhado, seguindo pela Estrada da Cachoeira que chega na Cachoeira dos Pretos, lá tem de comer, de beber, de dormir, de aventurar e de nadar.
Diz que o nome da queda d'agua é pumordi dos escravos, que honrosamente, lá de cima se tacaram na discordância de tão aviltante condição... a versão mais fitness da história remonta à família de origem portuguesa Preto de Oliveira, que batizou a cascata de mais de 150 metros de altura e o bairro.
Depois do banho de rio, só de zoiudice foi um café com bolo de milho... ai meu pai...
Na volta, valeu esfriar os motores das motocas e visitar a Parada do Queijo, onde tem a Dona Marisa e a Bia, boas de prosa, elas provaram que causo de assombração bão mesmo é de beira da pista, tem causo de saci virado em nenê que morde, de parente que ao passar a porteira, correu do cachorrão Duque, mas estava mesmo é com o Lobisomem no encalço, de lago que se alumia no meio da escuridão, de converse dos vultos assombrados na estradinha... acompanham os mistérios o cafezinho caipira no fogão à lenha e delícias da roça, difícil mesmo é lembrar do nome e esquecer o gosto do Queijo do Lobisomem curado nas taubinhas em semana de lua cheia (tá... inventei do peludo pra frente... o nome certo do queijo é Araxi na Madeira), mas a taubinha é verdade e o queijo é do bom.
Em Terra do Lobisomem, de tanto o peludo mostrar as feições nas porteiras, nos terreiros, no pé da serra, nas estradinhas de chão, na beira do rio, no galinheiro, na mata, na praça e em tudo quanto é canto, o povo de lá tratou de fazer amizade com o bichão.
Não é porque eu não vi que não existe, e não é porque eu vi que existe.
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