terça-feira, 2 de agosto de 2016

AZUR

Nas pradarias do Mato Grosso o Forasteiro encostou sua traquitana em  boteco botequento, cobiçou um ovo colorido, mas pediu um café.
Os peão discunfiado, poeira na alma e peixeira na cintura, se alevantaram para ver quem vem lá.
Boa Tarde, diz que nessa terra tem cachoeira bonita, morena trigueira, cerveja gelada e disco voador.
Oiqui moço, disco avuador nunca vi,  moça formosa, cerveja e cachoeira, temu sim senhor!
Cerveja e causos de roça, causos de estrada, amizade de beira de pista.
Na fazenda tem uma mota dessa que nem que a vossa,  cavalo de aço azur, só que veio cumas mola na frente.
Fala mais disso daí,  homem!
Rapaiz,  o Patrão veio da Alemanha,  cheio de tric-tric, diz que era sordado,  compro terra e fez família, inbrasilerou, depois pareceu com a tar da motocicreta, a brabeza da Patroa mando sumi com aquele troço barulhento,  isso pá mais de 10 anos, a coisa foi  ficano... ficano... e tá no garpão inté agora. 
O coração do Forasteiro acelerou.

Making-off


Em perfeito estado de conservação, chaves, manual e nota fiscal,  após  desalojar umas famílias de aranha, limpar o coco da galinha e encher os pneus – A Azur é a visão do paraíso. 
By David Mann 

2 comentários:

Unknown disse...

Lú, fiquei emocionado com sua crônica. Fiquei " inté " emocionado pois o texto está recheado de fantasias, sonhos e realidade. Parabéns! Forte Abraço. Marcelino.

Levi Quintanilha disse...

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