Cheiro doce e sangue amargo, mais uma perna preta o Engenho tragou, inhame, babosa, cravo e canela, o moleque guentou firme a dor da cura, despois, tadinho, amuou.
A mãe costurou um calção vermeio sangue, e jogou-lhe no peito, num criei minino-homi pra ser cuitadinho. A perna que ficou lhe basta, Deus dá duas, justo para o causo de se perder uma.
Vai zarelhar no pasto, trança as crina dos cavalo, faz queimá as comida na panela da sinhá. Vá moleque, levante já, tome aqui o pito do vô pro cê pitá, vá ter com a mata, treina entrar e sair, aprende das ervas de bem e de mal, assusta os besta que se perde nos mato, dá uns trote bem dado nos marintensionado embrenhado nas picadas, imita os passarinho, os rugido de onça, o sapo rachado.
Gira livre feito um vento alevantando a poeira do terreiro, pro povo sabe que ocê é o mestre-minino da danadice e da zombação.
Trecho da obra Monteiro Lobato |
Agora vai danado, vai traquiná.
Making-off
O Saci Pererê, só é o Saci, porque a mãe dele é a mãe dele.
Não é porque eu vi que existe e não é porque eu não vi que não existe
o Seo Lobato, era eugenista de carteirinha, e racista de plantão, ponto muito negativo para ele por isso.
Ilustração edição de luxo 1964- Monteiro Lobato |
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