Estrada dos Tropeiros,
régio trajeto do Imperador e nobres
figurões, história do café nas beiradas da Bocaina, generosa nas
curvas sedutoras, caminho da carroça selado no asfalto, segue o batidão
carburado das Springers, desta vez molas, não mulas percorrem o caminho sem querer chegar.
Fincados em
beira de rio, os lugarejos, casarões,
Solar de Marquesa, Baronesa ou Putesa,
vestígios do fervo nos anos torrados do
império cafeeiro.
Vale a foto na ponte bonita sob a Represa do Funil, a estação de trem Belga, e visão das muitas janelas azuis.
Barão, Preto
Velho, pomposa sinhazinha e mucama, ainda podem tentar a sorte nas fazendas viradas em
hotel.
Bananal, última
fronteira paulista, ranger de madeira noite a dentro no casarão, diz que a
presença invocada é o boticário da fazenda, assombração benevolente, na cura
dos ressacados, zoiudos e glutões.
Esplendorosa
serra aporta em Angra dos Reis, buracos de minhoca: túneis rústicos, cavucados
na pedra, breu sinistro, chão duvidoso,
pinga água, verte óleo, sem frear, acelerar ou respirar, primeirinha, é só
passar e pronto. Carcaças rodadas se esticam em Angra.
O vorteio no “quarteirão”
fica mais bacanudo, depois do café na beira do cais em Paraty e marcha baixa na
subida forjada por entre suntuosa mata, caminho de Cunha, curvas sem miséria,
assim compensa por antecipação a Dutra chata e Rodoanel sem novidade.
Making-off
Os eternos trechos
em obras e off-road compulsório na SP 068 foram regiamente recompensados pela
moldura da Serra da Bocaina, cafés charmosos, e centrinhos históricos de
passagem obrigatória.
Agradecimento
ao Tio Guto que compartilhou a malandragem para passar, sem cair e nem morrer,
nos Tuneis de Minhoca, enfiados na Serra da Minhoca por ele assim
batizada.
Um comentário:
Saudades de vc encardida.kkk. minha eterna amiga.. abraços..
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