Balança o voal da janela um ventinho cintilante.
Diz que é o sopro da paz de um Deus arejando a face de quem dorme.
Tem uma luz sagrada quinenqui um por do sol pra sempre a lampejar.
A luz fresca de alecrim que banha e revigora quem dorme.
Se achega ao pé da cama o qual tiver de se achegar e quem dorme já sabe onde e porque está.
Sem dor, nem drama, quem dorme vai acordar a fazer piada na hora que se aprontar.
Em cama branca, resplandecente, do outro lado do acostamento, dorme o Jacaré.
Amigo querido e motociclista inveterado
*20/03/1959
+20/03/2019