quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Novo de novo

Ano novo de novo, sem juras nem promessas
Que venham o bom e o simples
Asfalto, acostamento e café de beira de estrada
Cheiro de gasolina e pancadão das traquitanas carburadas
Frio na Anchieta
Pista em noite de lua cheia
Varanda e conversa na cozinha
Manhã de chuva para vadiar na cama
Tubaína, almoço na padaria, e coxinha no posto de gasolina
danadice e marvadeza

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quando amar

Que seja pelas contradições estampadas na pele e coração
Que cheire à estrada e Jack Daniel's
Que começe sem hora marcada na cozinha e termine no sofá
Que seja tórrido, vadio e desonesto
Que seja encardido e bandoleiro, mas que seja meu
Que teu desejo seja minha vontade
Que seja paz e vinho na varanda
Que seja fogo e motores estalando em qualquer lugar
Que seja nas curvas da madrugada ou no lençol da manhã.
Que seja cumplice sem medo
Que seja entrega sem teoria e ternura sem tédio
Que seja doçura, confiança e perdição
Que seja aceitação, redenção, e força
Que seja de verdade

Making-off
Confuso, acelerado e cheirando à gasolina